Hoje a madrugada está proporcionando o
clima adequado para uma entrega inteira aos meus devaneios, aos meus cadernos e
as minhas cifras... Não costumo recusar nunca um encontro com meus pensamentos,
mas hoje estou fechando contrato com a paciência. Prometi fidelidade na minha
palavra e com minhas ações coloco em prática todas as minhas juras de amor
realizadas diante desse céu que Deus abençoou. Pratico todos os dias o dom de
amar e é com maior prazer que digo e repito que te amo muito. E caso algum dia
eu não possa renovar meus votos, que Deus possa mostrar na beleza da natureza
cada sentimento que possuo em meu seio. E que você entenda que amor não é fogo
que arde, me desculpe Camões, mas amor é a razão pelo qual eu vivo.
8 de nov. de 2012
15 de out. de 2012
A felicidade é soberana
Engana-se quem acha que quem escreve os
poemas são só os amantes. Eu particularmente não confio em frases rimadas, em estrofes
bem construídas e em palavras bonitas. Prefiro os sorrisos de canto, o brilho
nos olhos, a mão quente que acaricia e os cabelos assanhados que o vento
insiste em movimentar. É assim que meu coração se acelera. Acelera-se também
nos dias de provas, mas vamos falar de coisas boas porque a vida tem muito a
oferecer.
Alinne
Louise
6 de jul. de 2012
Se minha inspiração for eterna, como meu
amor, gostaria de ser uma escritora. Assim poderia te amar em minhas estrofes e
em meus versos contar suas confidencias. Mas só as suas, porque se eu contar as minhas
terei que te matar. E eu sei fazer isso muito bem.
Fugirei para o Canadá todas as vezes que
chorar por ti. Comerei pipoca usando todas as forças do meu maxilar cada vez que
te enxergar em meu caderno. “Xingarei” todas as vezes que me decepcionar com
suas “burradas”, mas soltarei um sorriso ao final de cada texto que escrever e
ver que minha inspiração sem meus erros, sem meus relacionamentos e sem a sua
disponibilidade de me deixar entrar em sua vida não seria nada. Seriam apenas
textos passados para as crianças interpretarem e fazerem elas perderem 20 minutos
de brincadeiras na rua... 20 minutos e alguns anos procurando uma resposta que
o tempo todo estava bem próxima. Próxima de mim e de ti é só questão de não ter
medo de enxergar. É só uma questão de querer viver a realidade.
Alinne Louise
Referência: A frase descrita na imagem foi extraída do livro "O Pequeno Príncipe" de Antoine de Saint-Exupéry.
7 de mai. de 2012
(Sem imagem)
VÉI,
Véi... O que tens nessa caixa?
Não tenho permissão jurídica, moral ou civil
para escrever sobre ninguém. O que tenho é respeito, apesar de ninguém
notar.
Apesar da insistência do meu pai eu não
fui vê o velhinho nesse domingo à noite. Não queria manchar a imagem que tinha
dele no portão gritando pela minha mãe a procura de leite. Lembro que raramente
compro algo em festas, mas sempre que o via assumindo a função de caixa na sua
barraquinha de lanches, ele e aquele baú em suas mãos, ele morto de felicidade
por passar a madrugada trabalhando, eu fazia questão de simular um assalto só
para ver o pulo que esse velhinho dava. Sempre perguntava: "VÉÉÉII, VÉÉI... O que tens nessa caixa?" Ele me respondia: "T-R-O-C-O!" E antes de ir embora eu sempre comprava
algo e pagava também. Ah... O pagamento era a melhor parte, sempre ficava
tentando atrapalhar suas contas, mas ele sempre me passava o troco certo.
Lembro muito bem de sua primeira esposa.
Ela faleceu quando eu tinha cinco anos. Lembro-me do que senti quando
conversei com ela enquanto ela lutava contra um câncer. Tentei ignorar a sua
aparência pálida a fim de aceitar o que ela alegremente, mais exausta que
alegre, me dizia sobre a beleza da vida. Eu com meus cinco anos só pensava se
havia preocupação naqueles olhos, conformismo ou se simplesmente ela entendia
que a morte faz parte do ciclo da vida e que o importante é viver, se sentir
viva. O papagaio de gesso que ganhei dessa
senhora não tenho mais. Guardo suas palavras calmas e a imagem de um sorriso e de
sua camisola rosa bordada. Mas
ao contrário de sua esposa, meu tio nada disse. Nesse domingo ele já não
conseguia mais falar. E se meu tio falou alguma coisa eu não ouvi. Eu não
estava lá.
Por N motivos minha família esteve
abalada nesses últimos meses. Tentei consolar, tentei conversar, tentei
ajudar... Hoje eu apenas tento parar de chorar.
Alinne Louise
Obs: O velhinho do texto faleceu nessa madrugada. Sentirei saudades.
28 de abr. de 2012
(MIM. 2011. Domingo à tarde)
A
menina do meu espelho
No meu espelho mora uma menina
que raramente resolve mostrar a cara. Ninguém vê quando ela acorda, ela levanta
dormindo. Acho que seus pesadelos são mais interessantes que a nossa
realidade. Eu não sei até que ponto isso
dói.
Dentro do meu espelho a menina
tenta encaixar todos os quem ama. Ela tenta encontrar espaço para acomodar
tudo. Acomodar sem incomodar. Mas aquela menina não sabe ter limite... Ela
insuportavelmente dorme perto da minha cama, mas não me dá boa noite. Sempre que estou atrasada ela insiste em me
ver de perto para apontar alguma nova e intrometida espinha em minha face.
Quando a menina do meu espelho resolve
aparecer sempre carrega consigo um estojo de maquiagem. Pobre da menina do meu
espelho é faminta por sinceridade, mas não quer que ninguém a veja junto das
suas poesias. Não sei o que ela está
aprontando, mas ultimamente ela tem aparecido com mais frequência...
A menina
do meu espelho “sinceriza” em versos desabafando nas entre linhas, rir nas
rimas, rir na ausência delas. Ela ainda encontra tempo para chorar. Encontra
tempo, semana, meses... Encontra motivo e ausência de motivos também.
A menina
do meu espelho de cílios regados abre o amarelo sorriso. E com passos lentos e
firmes corre a procura da sua felicidade. Ela ainda carrega aquele olhar de
quem sonha em ser cuidada... Mas não vá muito longe menina do meu espelho, eu
preciso de você.
Alinne Louise
18 de abr. de 2012
7 de abr. de 2012
(Minha área de trabalho em 2011)
Já tive muita pressa ao caminhar, até perceber
que estava apenas andando, vagando, morrendo. Mas caminhando que era bom...
Nada.
Nesse momento percebi que quando alguém
decide saber a verdade deve está disposto a perdoar. Quando se decide ser
sincero deve está preparado para a solidão enfrentar. Quando se decide a
realidade confrontar, saiba que lágrimas irão rolar. Quando alguém decide amar
deve aceitar as qualidades e fraquezas. Se alguém decide olhar deve se preparar
para ver. Se alguém decide escrever saiba que a folha em branco irá encarar. Quando
alguém está vivo sabe que um dia irá morrer. Mas quando alguém se sente vivo...
Ah, esse alguém sabe onde a felicidade encontrar.
Não importa se você tem alguém para mexer
no seu cabelo quando o assunto acabar, se você tem alguém que te diga que a ama
e que aquece suas noites com beijos sabor Baton branco, alguém que te tira à
razão só para vê-la fazendo bico e ficar com as bochechas vermelhas... Tudo isso
é muito bom. Se sentir amada é maravilhoso. E se sentir viva é fantástico.
Não consigo finalizar um texto que se
trata de amor, pois assim como o amor a fé e as palavras também são infinitas.
Alinne Louise
2 de abr. de 2012
(http://www.flickr.com/photos/renatasweettricot/7014500733/)
Prazer em revê-lo. Até mais.
Ah! Esqueci de mencionar,
Tem muito terreno aqui.
E água nunca faltará,
Pois ela brota do meu olhar,
Um dia eu sei que meu sorriso fará o
mesmo.
E ai, então serei livre.
Até lá sou feliz,
Por ter tornado meu jardim fértil.
Eu que me culpei por ter permitido que as
lagartas também vissem a beleza da minha rosa...
Mas verei que não é culpa e sim
arrependimento.
As lagartas comeram minha rosa.
Mas um dia verei lindas borboletas
bailando em meu jardim.
Até lá, terei raiva de ti.
Mas um dia quem sabe serei educada, pois
me destes uma oportunidade de errar.
Hoje já perdi as contas,
Mas essa guardo na memória de amigos
meus. Na deles.
Escrito em 25 de julho de 2010
1 de abr. de 2012
27 de fev. de 2012
RETALHOS
DE MIM
Chegando junto das minhas esperanças
passadas, sentada sobre minhas frustações, penso nas situações que enfrentei e
em cada arrepio gerado ao tomar decisões, ao domar vontades e ao doar novas
oportunidades.
Ao nascer de todos os dias eu prometia a
porta aberta manter, o olhar distante sustentar e a voz no silêncio costurar,
mas ao mesmo tempo nada prometia ao meu coração. Este órgão vital, ao contrário
de mim acompanhado e à margem, ficou sem previsões de um futuro ao qual estou
confinada. A confusão dos teus medos e de tuas promessas confortava-o ao ponto
de desperta-lo ao sentir teu cheiro. A mudança de plantão gera mais que dúvida,
deixa minha vida paralisada e minhas certezas misturadas.
Nessa rotina, eu não sabia mais o que
moldava meus princípios e o que alinhava minha opinião. Por que em mim há essa
insistência de querer analisar todas as orações, toda coesão, regência e
interpretação para obter a força necessária de colocar um ponto final nessa
situação? Minha história tem mais fim que começo. Em mim há mais de você do que
alguém possa imaginar, pelos menos era assim que eu pensava.
Como você pode ver eu não sorrio com o
coração, apenas com os lábios, lábios estes que um dia foram seus. Não te vejo
com tanta frequência quanto outrora e quando vejo, não reconheço. Ao te avistar
a saudade vem logo me cegando e adormeço nos meus sonhos antes que você se
aproxime e me acorde para encarar a realidade vivida –separadamente- por nós
agora.
E eu que pensava nunca vir a conseguir
viver sem você. Eu, mil vezes humilhada em busca de um carinho que só agora
percebo há muito tempo ter deixado de ser meu. Talvez não seja o amor que
cegue, talvez sejamos nós mesmos que nos deixemos cegar.
Quem sabe eu já não enxergue as coisas da
mesma forma. É fato que o tempo passou e eu me reconstruí. Aquele coração
quebrado agora está cicatrizado. Passei a enxergar o que eu julgava ser seu
amor não mais uma prioridade, mas uma daquelas coisas que a gente coloca dentro
daquela caixinha que guardamos na última gaveta do guarda roupa e que a gente
nem abre, atrás de todas as outras coisas.
A verdade é que “com a coragem que a
distância dá fica mais fácil” (HG).
Texto feito em parceria com minha queria
amiga Mislainy Mayana (http://pensamentosinuteiis.blogspot.com)
14 de fev. de 2012
“TÁ SE ACABANDO, MAS AINDA
TEM!”¹
Episódio: A
Hoje tenho 24 horas para cumprir todas minhas
tarefas. Tenho 10 aulas para presenciar, três refeições para fazer, dois ônibus
para pegar, duas vagas livres na biblioteca, três banhos para tomar, seis horas
para enfrentar a insônia e descansar, 1 hora de exercícios para me tonificar,
meia hora para orar e uma vontade enorme de te dizer que te amo. Como queria te
dizer que hoje furei uma fila, que mais cedo meu celular quebrou e meu MP4
também, que tive tempo para almoçar, que dormir durante a penúltima aula, que
consertei o DVD do meu compadre, que dei um beijo de boa noite no meu afilhado
e acabei acordando-o...
¹: Propaganda da "geleeeeeia" de coco
Alinne Louise
11 de fev. de 2012
E
POR QUE NÃO DIZER?
Sinto muito, mas vou continuar viva.
Desculpe-me, mas não vou fingir.
Perdoe-me, amar é meu destino.
Não tente me entender, mas tente não me
julgar.
Não perca tempo olhando para mim.
Não vou frear para a rota te explicar.
E nem tente me impedir.
Não ouse.
A educação nem sempre me acompanha.
Alinne Louise
5 de fev. de 2012
Sangue:
Você pode derramar ou doar
É
uma Imensa alegria segurar uma folha rAB+ iscada com
nossos sonhos,
SonhO- s esses que fazemos
das tripas coração para realiza-los.
Gastei
anos ensinando minhas vísceras a B+ombear
sangue.
ChegA‑ de tantas lágrimas e letras soltas,
Chega de querer apenas culpar.
É preciso ter vO+z, combater o roubo.
O rouB-o de vidas, de conhecimento, de
informação, de dignidade.
Precisamos urgentemente de
líquido; águA+, suor
e sangue.
Poupe mais água. Gaste mais suor.
Doe sangue.
Alinne LO+uise
2 de jan. de 2012
Sabe quando suas mãos se entregam ao
sono, mas seus olhos continuam inquietos e encharcados? Eu não sei o que
significa. Também não entendo quando estamos sós diante e sendo parte da
diversão dos outros. Mas meu coração explode quando Deus milagrosamente revela
meu sorriso para pessoas que conheço e não reconheço.
Meus braços definitivamente morreram.
Minhas mãos estão dormindo. Mas é incrível como meu sorriso não se abalou. Mais
impressionante ainda é como estou conseguindo esconder meus braços defuntos,
minhas mãos dorminhocas e meu sorriso trêmulo.
Na verdade não escondo nada. Apenas acho
que todo mundo deve guardar para si certas certezas, certas dúvidas, certas
angustias, certos assuntos. Não tenho palavra final para encerrar a conversa.
Só não quero mais voltar a falar no assunto. Tenho pressa em ser feliz e para mostrar
a Felicidade para uma certa pessoa alí. Que Deus no acompanhe.
Alinne Louise
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