26 de ago. de 2011

Desaprendendo com os poemas


Não me considero uma jovem diferente das demais. Sou tão parecida com o restante da torcida do flamengo que acabo sendo apontada como esquisita. Mas nem sempre fui normal assim... Não sou criança. Apenas tenho uma ótima memória para guardar minhas promessas e “juramentos” de berço.
Recordo que sentada no portão comendo banana com Toddy, farinha láctea e mel, prometi a um raio do crepúsculo nunca inventar sentimentos. Prometi estudar muito. Prometi nunca ser cupido. Prometi não ter medo de amar.
Mais vieram os anos. Junto às escolas literárias. Vieram e levaram minhas certezas. Se hoje tenho medo de escancarar meu coração à culpa toda é de Camões e da sua cúmplice Auta de Souza. Toda noite rezo que tenha sido um surto a razão que fizeram vocês escrever aquelas ilusões que se confunde com amor. Ficarei na esperança que seus versos sejam mentiras, sejam farsas de uma vida dolorosa.
Enquanto isso sigo os mesmos caminhos. Junto um pouco de lágrimas misturo com algumas lamentações. Tempero com alguns sussurros. Junto tudo, levo ao forno da minha alma. Recheio com a certeza que a felicidade mora em todo lugar e enfeito com uma promessa de lutar eternamente.

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Hoje a madrugada está proporcionando o clima adequado para uma entrega inteira aos meus devaneios, aos meus cadernos e as minhas cifras....