12 de out. de 2011


(Minha prima Nêga. Minha amigona Leila. E uma menina chata.)
Nada se resume a minha infância. Minha infância não se resume.  Esses 18 anos de minha infância me ensinaram tudo o que sou. Nunca fui ryka, mas andava de carrinho da sala à cozinha. Sabia contar até sete e deixava todo mundo morrendo de orgulho. Construí inúmeros castelos de cartas. Inventei diversos cardápios de lama. Acordei muitas madrugadas para dá injeção ao meu tamagotchi . Banho? Só se for de mangueira e a manhã inteira... Chiclete no cabelo. Chiclete no tênis. Chiclete na calça. Chiclete na bolsa da Barbie.
Mas como a tendência é o amadurecimento, surgiram as linhas... Isso mesmo, as linhas para arrancar os dentes de leite moles. Metiolate com muita frequência. Às vezes para mudar a rotina usava violeta.  Mas isso nunca foi impedimento para uma puladinha de elástico. Uma matada no fim da tarde.
Andando de bicicleta tantas vezes cai de cara . Fui atropelada repetidamente, mas nada derrubava meu sorriso. Prometo que mais nada irá derrubar... Afinal de contas a infância é apenas o começo de uma grande vida! Apenas o começo. Não quero contar aos meus netos como era minha infância. Quero mostrar para eles como é a minha infância. Quero ter vida para ser uma criança de responsabilidade e com coragem. Quero morrer ainda criança com uma idade bem avançada!

Um comentário:

Hoje a madrugada está proporcionando o clima adequado para uma entrega inteira aos meus devaneios, aos meus cadernos e as minhas cifras....