5 de nov. de 2011

O que se repete todas as noites na Emergência do Hospital


          Uma TV que pouco informa e só faz derrubar o silêncio. Portas sem fechadura a espera de mais uma vítima a ser recepcionada.  Silêncio gritos silêncio outra vez choro abafado de quem deposita esperanças nesses roupões brancos. Braços quietos, olhos curiosos. Meu pai concentrado no jogo transmitido pela TV. Tindon . Toca a campainha, mas não é o carteiro que chama, é o médico de plantão que trabalha para atender todos os que aprenderam a ser pacientes. Tindon . Alinne? Depois de Damiana ok?! Há! Damiana a senhora com roupa colorida que fica xeretando o que escrevo. Tindon.  Damiana. Enfim privacidade para escrever. A campainha não toca mais. Não muda de plantão não, por favor, ainda têm eu aqui, eu e minha gripe. Eu e mil assuntos para estudar. Eu e mil pessoas a esperar. 

2 comentários:

  1. Tu escreves muito bem, parabéns! Tô seguindo!

    Confiaremos nos roupões brancos, e temos os nossos também...

    Se puderes passa no meu e segue, vai ser muito bem-vinda!
    http://leilakruger.com.br

    Tô lançando um romance dia 25/11 em Porto Alegre, já está à venda. Hot site do livro: http://www.leilakruger.com.br

    SINOPSE:
    "Está bem no fundo. Não se pode alcançar... aos poucos, vai roubando o ar.” Ana Luiza vai perdendo seu fôlego: o fim de (mais) um grande amor, um pai distante, uma mãe fútil, uma amizade complexa e "pessoas que sempre vão embora". Com suas músicas de rock, seus livros e seus cigarros, Ana Luiza vê sua vida desmoronar.

    "O amor é uma ferida”, ela sentencia. Mas a “garota de olhar longínquo” tem um encontro inesperado com um alguém aparentemente muito diferente dela: os “olhos imensos”, que tudo veem... Presa em seu próprio mundo e rendida ao álcool e às drogas, Ana Luiza tenta fugir. Principalmente do temido amor, que tanto a feriu...

    Como encontrar, ou reencontrar o próprio destino?

    Até onde o amor pode ir, até quando pode esperar? O que há além das baladas de rock e dos poemas românticos? Poderá o amor salvar alguém de sua própria escuridão?

    Às vezes, é necessário perder quase tudo para reencontrar... e finalmente poder amar.

    Bjo!

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  2. Muito obrigada Leila e seja muito bem vinda!
    Já estou seguindo o seu blog também!

    Beijos!

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Hoje a madrugada está proporcionando o clima adequado para uma entrega inteira aos meus devaneios, aos meus cadernos e as minhas cifras....